Lisboa, para não dizer Portugal inteira, parece um pedaço organizado do Brasil na Europa. Clima agradável (um pouco frio no inverno) uma mistura de povos e língua familiar.
Ao chegar na Capital portuguesa você estranha bastante o sotaque, mas em poucos dias você quase não percebe a diferença, exceto por palavras tipo casa de banho (banheiro), tá fixe (tipo “tá tranquilo”) e rato (nosso mouse de computador).
Lisboa é linda, a cidade é limpa, organizada, relativamente segura. Se comparada as cidades brasileira lembra uma cidade de médio ou pequeno porte.
O custo de vida é baixo quando comparado com outras capitais da Europa ocidental. É possível comer um belo prato de bacalhau com um bom vinho por algo em torno de 15€ por pessoa.
O transito é moderado, engarrafamentos só em horário de pico, mesmo assim nada comparado com as principais capitais brasileiras, se pretende conhecer mais cidades em Portugal, pode ser uma boa ideia alugar um carro, Portugal é minusculo! Se vai ficar só em Lisboa e região o carro é desnecessário, quase todos os principais pontos estão próximos e Sintra e Cascais possuem fácil acesso usando o trem.
O transporte publico é bom, as linhas do metrô (metro para eles) são fáceis de serem usadas (somente 4 no total) e consegue atender quase toda a região metropolitana da cidade, cobrindo a região central e alguns pontos periféricos, além da parte mais nova da cidade, criada para a Expo 1998. Para saber mais, acesse o site oficial clicando aqui.
Horário de funcionamento do metrô: de 06:30 até 1:00 hora da manhã, parando completamente durante toda a madrugada.
Preço: como em quase toda a Europa, existem alguns tipos de passe, um ingresso para viagem de até uma hora custa 1,40€, e pode usar tanto o metrô como nos ônibus (desde de que esteja dentro deste prazo). O bilhete diário mais indicado para o turista é o Viva Viagem, custa 6,00€ e tem validade de 24 horas, começa a contar quando for validado a primeira vez, ele permite utilizar além do metrô e ônibus, também os bondes elétricos do centro da cidade. A aquisição do cartão tem um custo extra de 0,50€, de posse do cartão é só recarregar durante o período que estiver na cidade.
Fique atento, pois não existe venda de cartão em todas as estações, apenas máquinas de recarga, essas maquinas não aceitam notas maiores que 20€.
O trem tem preço diferenciado e deve ser comprado à parte, quando for realizar a viagem, é barato! Uma viagem de 40 minutos, Lisboa (Rossio) até Sintra custa 2,15€ por trecho (dependendo do horário) e os trens são modernos e bem confortáveis. Mais informações no link
Passei mais de 20 dias na cidade e voltarei com toda certeza, até o jeito português, meio “seco” e tirando sarro de nos brasileiros é engraçado, basta pensar que estará do lado inverso das nossas piadas!
Do aeroporto ao hotel:
O aeroporto de Lisboa não é muito grande, mas é bem organizado e sinalizado, como eu digo em todos os posts, compre um chip para acessar a internet, ao contrario de alguns aeroportos europeus, em Lisboa é possível comprar o chip ainda no saguão do aeroporto, algumas empresas de telefonia comercializam chips pré pagos por valores entre 10 e 25€, assim você poderá usar o Google Maps e não se perder em seus roteiros.
Do aeroporto até o hotel existem três opções, a mais barata é o metrô, é interligado as principais áreas turísticas e comerciais da cidade, mas exige baldeação caso vá se hospedar na região da Marques de Pombal ou Rossio (linha amarela ou azul). De ônibus, um pouco mais incomodo, ou táxi, que não é caro, uma corrida do aeroporto até a praça Marques de Pombal custa algo entre 15 e 25€, mas atenção, taxista português também da voltas, eu paguei 45 euros na chegada, foi o presente de boas vindas!
Onde e o que comer:
O que comer? Lógico que bacalhau, na verdade frutos do mar, em Lisboa quase todos os pratos tem bacalhau e “gambas” que nada mais é que o nosso camarão. Vários restaurantes possuem aquários com lagostas e sapateiras gigantes, onde o cliente escolhe e é retirada e feita na hora, mais fresca impossível. Alguns destes restaurantes estão no entorno da praça Marques de Pombal, no Rossio e no caminho até a praça do Comércio.
Muitos restaurantes famosos, com culinária digamos “diferenciada” estão no bairro alto, são restaurantes pequenos, com custo relativamente elevado e as vezes muito concorrido.
Na verdade existem inúmeros restaurantes bons, é comum entrar em um restaurante bem antigo, no estilo “xexelento” e provar o melhor bacalhau que já comeu, os mais antigos geralmente são os tradicionais e a comida é farta, boa e barata. Depois de alguns dias você não consegue mais ver bacalhau à lagareiro, bacalhau à Gomes de Sá, balhau à natas e por ai vai.
A comida em Lisboa é barata, por 15€ você consegue comer um belo prato de frutos do mar e tomar um vinho.
Um local que indico quando for realizar o passeio a Belém, são os restaurantes de uma única porta, que ficam na rua entre a padaria dos pasteis de Belém e a avenida do Rio Tejo, essa portinha feia com roupas penduradas na varanda do andar superior da foto abaixo, foi o melhor polvo que já comi.
Melhor região para se hospedar:
Dependerá do seu perfil, muitos me indicaram hotéis próximos à praça Marques de Pombal e acabei ficando na região (por apenas 3 noites), além da facilidade do acesso às linhas do metrô, tem um lindo parque de nome Eduardo VII bem em frente a praça e do outro lado a Avenida da Liberdade, com suas lojas de grife, prédios históricos, cafés e restaurantes. No inverno/fim do ano a avenida fica toda decorada para o Natal, no verão, os quiosques/cafés se tornam uma especie de mini balada após o horário comercial. Apesar de alguns restaurantes muito bons na região da Marques de Pombal, não existe vida noturna, apos às 23 horas a região fica deserta e o metro para 1 horas da manhã, retornando somente ao amanhecer, se você gosta de balada ou mesmo tem como principal foco conhecer a cidade e seus pontos turísticos, procure hospedagem no fim da Av. da Liberdade, próximo a praça do Rossio (que foi para onde me mudei no terceiro dia). Outras opção é a Baixa-Chiado, onde a vida notura é agradável e tem opções de alimentação a noite toda, além de estar bem próximo da Praça do Comércio e da foz do rio Tejo.
Se hospedar em umas das 2 regiões é sem duvida é a melhor opção, la você estará próximo aos restaurantes, comercio de suvenir e lojas famosas, pontos turísticos, estacão do Rossio (Trem/Comboio até Sintra e Metrô), 10 minutos andando até o Bairro Alto pelas arruelas lotadas de bares com música e bebidas de todos os lugares do mundo. A Baixa-Chiado também é um ótima localização, possui vida noturna mais agradável e intensa, muitas vezes indo até as 6 horas da manhã, além de estar ao lado do Cais Sodré (estação interligada entre Metrô e Trem/combio até Cascais)
Algumas dicas de hotéis:
Gat Rossio – Hotel simples, mas com ótimo atendimento e de certa forma charmoso, bom café da manhã e localização excepcional, no fim da Av. da Liberdade, em frente a estação do metrô com inúmeros restaurantes, bares, cafés e um Mc Donalds 24h. A maioria dos quartos são pequenos, leva algumas horas para se acostumar, passei 16 dias no hotel e só tenho elogios. um pouco mais caros que os hotéis na Marques de Pombal, mas vale pela facilidade de deslocamento a pé. (Booking)
Rossio Garden Hotel – 30 metros até a Av. da Liberdade e 100 metros da Praça do Rossio/Dom Pedro IV, ótima localização e hotel excelente, preços não tão altos, é uma opção para disputar com o Gat Rossio, até um pouco melhor que o Gat. (Booking)
Vip Executive Eden Apart – De frente para o Hard rock Café, hotel antigo, os quartos deixam a desejar, mas se conseguir uma boa promoção, a localização é perfeita. (Booking ou TripAdvisor)
Turim Restauradores Hotel – Na rua atrás da Av. da Liberadade, também agradável, mas dependerá do preço. (Booking)
Bessa Hotel Liberdade – Muito bom, fachada histórico e hotel moderno, quartos muito bem decorados e na Av da Liberdade, o que pega um pouco é o preço, não é dos melhores, mas é um ótima opção, tanto na qualidade como na localização. (Booking)
Internacional Design Hotel – Ao lado da Praça Dom Pedro IV, 50 metros da estação do Rossio, em uma das regiões mais movimentadas para os turistas, na rua que dá acesso à praça do Comércio, com muitos restaurantes, bares e lojas. Também possui fachada antiga e quartos modernos, também não é dos mais baratos. (Booking)
My Story Hotel Rossio – Na praça Dom Pedro IV, menos de 20 metros da estação de trem do Rossio, hotel excepcional, com quase todas as avaliações no TripAdvisor como EXCELENTE, também tem preço um pouco elevado, disputa com o Internacional Design que fica bem próximo a ele.(Booking)
EXE Lisboa Parque – Fica na Marques de Pombal, local que oferece fácil acesso ao metrô e principais pontos comerciais de Lisboa, como já foi dito, não é a melhor localização para que está indo para turistar, mas em alguns períodos o custo do hotel fica bem interessante. É um hotel novo, com ótimos quartos e um bom café da manhã, se não se importa em pegar metro para descer tá a região mais turística, o EXE Lisboa é uma boa opção. (Booking).
Existem outros vários hotéis, inclusive mais baratos, mas que não vou indicar, pois vai muito do viajante, em Lisboa, acho que o principal é a localização para que quase tudo possa ser feito a pé.
Para quem gosta muito de balada, é interessante procurar opções no Bairro Alto e Baixa-Chiado, onde a vida noturna é intensa todos os dias, existem bons hostels baratos e hotéis de luxo, com preços altíssimos!
Se está indo para curtir férias, evite ficar na região da Praça Saldanha, tem hotéis famosos, mas a parte mais charmosa de Lisboa está entre o Rossio e a Baixa-Chiado.
Vida noturna
Uma grata surpresa, quando viajei não sabia o quanto Lisboa era animada durantes as madrugadas, alguns até haviam me dito que cidade era meio “paradona”, mas não é verdade, muito pelo contrário, Lisboa ferve a partir das 23 horas, e grande parte das baladas estão concentradas no mesmo ponto, dando para fazer tudo a pé.
Se está hospedado na região do Rossio, uma opção mais leve ou para começar a noite é o Hard Rock Café Lisboa, sempre com bandas tocando um bom rock and roll ao vivo, o preço das bebidas é meio salgado, um chope Guinness custa entre 5,00 e 6,50€, mas o local normalmente não cobra entrada, portanto vale a pena uma visita.
Já no Bairro Alto é onde a balada tem início, nas ruas escuras e apertadas da região são centenas de bares com vários temas, são bares tocando Rock, musica eletrônica, musica africana e até MPB, é comum ver bandas de brasileiros tocando nos pequenos bares da região. A bebida principal são os coquetéis, diversas opções de bebidas e valores bem convidativos, é possível encontrar Caipvodka por menos de 3€ ou um mojito gigante, de quase um litro por algo em torno de 7€. A Cerveja também não é cara, Super Bock e Sagres disputam o mercado português e são relativamente baratas, inclusive nas baladas do bairro alto.
São tantos bares que fica difícil indicar um ou outro, me lembro de ter gostado bastante do Kitsch´n Bairro Alto, mas tem outros bons, o pessoal fica trocando de bar o tempo todo, tomando uma bebida em cada e ouvindo algum estilo de musica diferente.
Normalmente a balada começa por volta das 22 horas e vai até umas 2 da manhã, quando começa a perder força, é a hora de descer para a Baixa-Chiado.
Na Baixa-Chiado são mais dezenas de bares, discotecas e pubs, no local, já muito próximo ao Cais do Sodré, a balada que mais me agradou foi a Pensão Amor, um antigo cabaré que se transformou em bar/discoteca, mantendo a decoração típica dos anos 40, ao olhar você fica na dúvida se seria realmente interessante entrar ali, mas lá dentro é muito agradável, vários ambientes, sofás, área para shows, uma parte que parece uma casa antiga, com mesas e cadeiras e uma varanda lateral, seguindo o exemplo dos demais bares da região, a balada vai até bem tarde. Na mesma região ainda existem discotecas que tocam rock, reggae e muita musica eletrônica. Praticamente todos os bares ficam na mesma rua.
Entre o Rossio, passando pelo Bairro Alto e chegando até a Pensão Amor, na Baixa-Chiado, você não irá caminhar nem 1,5 km, tudo muito perto. no início, use o Google Maps no celular para chegar até o Bairro Alto, eu me perdi várias vezes nas estreitas e escuras ruas do local.
Se ainda aguenta mais balada, muito próximo ao Cais do Sodré existe algumas discotecas, a K Urban Beach dá para ir a pé, caminhando pelas docas, eu não gostei muito, apesar do local ser bem bonito, a balada em si não me agradou, tipico clima de discoteca mesmo, não é minha praia.
Bom, a noite terminou, agora é voltar caminhando, pegar um táxi ou se já passa das 6:30 da manhã, tem a opção de pegar o metro na estação do Cais do Sodré!
*Uma coisa que me achei estranho no Bairro Alto e no Chiado, toda hora algum sujeito se aproxima para oferecer algum tipo de droga, comigo ocorreu diversas vezes e geralmente durante a noite, é só recusar que partem para o próximo.
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